quarta-feira, 6 de março de 2013

AS MULHERES DA BIRMÂNIA...




Nós que pesquisamos violências e desgraças dirigidas  a nós, mulheres, deteriora nosso funcionamento digestivo se, no exato momento, acabamos de lanchar, para revitalizar o seu cérebro e você pensar mais positivamente e com mais precisão um assunto que absorve todos os ângulos da cabeça.

 Causa náusea... Em vocês... Não?

 Tenho escrito, dia após dia, sobre o assunto em questão, conversado com quem já passou por essa humilhação (notei em algumas mulheres algumas sequelas, como tiques nervosos, como repuxar a boca a quase todos os momentos, não parar de piscar os olhos, gesticular exageradamente com os braços e as mãos para tentar lhe contar algo da sua vida... mas  as palavras não conseguem ultrapassar a garganta...).

Os homens sempre sofreram de "misoginia" (desde tempos muito remotos; mas agora esse fator fugiu ao controle das autoridades que ocupam altos postos, da medicina - tanto psicológica como a psiquiátrica - .

 Isso está ficando tão arraigado nesses dois últimos séculos que o problema de uma profundidade irracional e irrelevante, que está nos escorrendo pelos dedos, nos deixando inertes, sem ação, estupefatos, com asco desses horripilantes homens das cavernas, degeneradores de uma sociedade, mais ou menos, culta; o que os tornam irracionais, de difícil convivência, por serem agressivos e pouco sociáveis) que os levam a praticar o "femicídio".

 Suas mentes são táo irracionais, tão hediondas que eles levam um anjo em seus braços (uma mulher que, fatalmente, foi gerada com amor - porque "ele" ainda existe, em pequenas doses, a pingos de conta-gotas... o amor -, que é esbelta, sensual e tem um rosto lindo, feições suaves... Então acontece o que não poderia nunca:

 - Eles destroem seu sexo frágil e fresco <feitos para amar, para dar amor, e não para ser violentado, sujo de sangue... o sangue da brutalidade>, trucidam seu rosto suave, inocente... Olhos serenos que agora estão embaçados, em pânico... Um pânico surdo que ninguém consegue escutar pois não emite um som (só se escuta o som do silêncio), a pele pintada pelo próprio sangue...). Estou tão abatida como vocês, ao ler coisas tão dolorosas, horripilantes. Mas lhes digo mais uma vez:

 - Não tenho medo de falar pois já passei por um inferno tão horrível como o que acabei de descrever. Doeu?

 Doeu muito, mas me salvei sem nenhuma sequela física... Talvez emocional... Mas isso já foi zerado com o passado. Vem nos mostrar que o bem sempre vence o mau.

Texto de:JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelancer

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