Meu mundo é imensurável, insubmisso. Estou em um dimensão que não corresponde a nenhuma que você conhece e não poderá conhecer nunca. Seria ineficaz, da minha parte não conseguir chegar. Hoje, finalmente, consegui desintegrar de mim mesma, em forma giratória, como se fosse um poderoso eixo, ao qual dirijo com ondas mentais. Sou uma mulher, sou um anjo, sou um ser diletante, ao qual ninguém deu a real atenção que era minha por direito Hoje não faço nada que não dê prazer ao meu ego. Tentei, com maneiras mais sutis e perfeitas, mostrar o caminho das estrelas, da Via-Láctea à "borboleta azul"...
Senti-me desastrosamente incompetente por não saber explanar como coração como funcionam os sentimentos de seres delicados como nós, onde a maldade não conseguiu erradicar suas raízes malévolas. Uma vez, tropecei e cai no inferno. Fiquei toda queimada, estropiada, por causa de apenas uma borboleta negra. Mas, como sempre fui um ser volátil, consegui sair daquelas trevas de fogo, com as asas todas chamuscadas, com uma dor dilacerante.
Mas soube ser perseverante e volte ar, para poder ajudar outros anjos, de alma e coração. Infelizmente, eram anjos de asas partidas e não quiseram se mexer um milímetro da dor, ou se, ser masoquista por opção. Essa minha decepção foi irreversivelmente infinita. Por que? Que sentimento grotesco, dolente, se abateu sobre o meu avesso doce, cheio de vontade de conhecer o verdadeiro amor; para do lado exterior, o que já havia me causado feridas imensas feridas.
Mas eu queria, e você me negou categoricamente que , vestindo o seu machismo, relegando ao destino o anjo caligino , de cabelos longos, como uma cascata caindo de bem alto, seios pequenos e alvos, como de uma rosa branca em pleno viver, rosto suave, iluminado por sua auréola de pureza...Mas nada disso o comoveu... Olhava para o meu ser, que você amava até se embriagar de prazer e me deixar desfalecida de orgasmo, como se eu fosse um pássaro... com pena.
Descobri esse mundo silogístico que me proporcionou uma força descomunal para incendiar as lembranças negras, as cartas de falso amor. Virou tudo pó e nunca mais renascerá, como a Fênix, pois estou longe do Olimpo. Antes de partir para esse encantamento só meu, minha borboleta azul, eu a peguei, com minhas mãos invisíveis, acariciei suas asas exóticas (tão minhas)... Esmerei-me nas carícias e não foi capaz de me sentir pois o seu egocentrismo, a sua arrogância e seu narcisismo não lhe permitiram à sensibilidade para me sentir ao seu lado.
Aqui, onde estou, suspensa em uma atmosférica única, que pode modificar minhas posições com tanta suavidade, que acaricio as flores suspensas, que me afagam inteira. Beijo o bico dos pássaros que cantam a música da natureza, roçando sua plumagem nos meus ouvidos, me fazendo esmorecer de orgasmo celestial, o qual, você egoísta, não me deixa conhecer e ficar lindamente em seus braços viris e levitar, junto comigo, por um amor tão grande, compartilhado. Mas é mentira!
Prefere sentir a si mesmo por ser macho, narcisista e se sentir a si mesmo. Que horror! por um milésimo de segundo tropecei no meu encantamento e perdi o rumo; caí nesse seu mundo simetricamente egoísta, em que só cabe o que seu espaço comporta, ou seja, você mesmo. Doryan Gray também era narcisista e teve um triste fim.Esse mundo imensurável, insubmisso não o agradaria em nada, pois sua beleza é tão profunda, tão excitante, que não daria conta de sentir junto comigo, o que sinto agora, corre pelas minhas veias...
Não é sangue, é lava vulcânica. Estou incandescente, excitada, serena, nesse mundo que descobri e que é meu, não posso o dividir pois aqui não existem máscaras. No meu eixo, giro sobre mim mesma e, minhas próprias mãos deslizam sobre eu mesma, me proporcionando um prazer celestial, que só aos anjos são permitidos. O eixo, que é o meu suporte brilha como uma lava, alimentado com o calor das minhas veias cheias de lavas vulcânicas.
Você seria, sim, capaz de me proporcionar o o que esse mundo novo recriou em mim, para lhe dar mais prazer, mais amor....O que sinto não é um amor simbolista pois não precisa ser explicado nem divulgado. Ele, por si mesmo lhe tira o sossego, a paz. Até quando?
Está ir rebatível perante a mim, porque estou estridente e o amarrei com as sete cores do arco íris... O que você pode fazer para me tirar desse mundo transcendentemente encantado e mágico? Digo-lhe: - Ama-me com todo o seu amor, carinho e fogo embutido.. Mas não demore! Já me canso de girar e acariciar a natureza... Quero acariciar você!
Texto de: JUSSARA SARTORI
Escrittrice, Poetessa & Freelance
Texto de: JUSSARA SARTORI
Escritor, Poetisa & Freelance
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