terça-feira, 10 de setembro de 2013

"FILHAS DO SILÊNCIO"

Ás vezes vamos congelando vontades, ideias, pensamentos (que jamais se realizarão... Por que? Muito simples! A nossa vontade de poder ajudar outras mulheres que sofrem algo similar que voê já sentiu na pele que, em muitos momentos, esquecemos de deixamos nossos cérebro adormecer, por pura comodidade, para não recordar (essas recordações, com toda certeza. lança nossa esperança no fogo ardente do inferno.
 
 
 
 Como luto, para ser útil, de alguma forma mas, é imprescindível que meu equilibribio para lutar contra o mal esteja sempre bem estruturado, não servindo de chacota ou sendo mal interpretada ou ignorada pelos meus amigos, leitores e conhecidos italianos brasileiros e de algum s outros países onde tenho amigos. Foi por isso, minha doce amiga Taziana Sabato, negligenciei  em meus próprios propósitos quem sempre tiveram prioridade porque "homens" que  imaginei cavalheiros, cordatos, sérios e carinhosos, não passam de narcisistas, egocêntricos e distorcedores de pensamentos doces e sinceros.
 
 
 Fiquei até me imaginando lá na índia, onde as mulheres não são donas dos próprios atos (sofrem de abusos psicológicos, físicos e femicídio; é nojento e ignóbil!) É  humor ferino, a vida dura de uma mulher indiana. O estupro de uma estudante indiana de medicina num ônibus em Nova Delhi trouxe a questão da dramática situação da mulher na Índia para os holofotes em todo o mundo. Garotas. Elas são uma dependência econômica para os pais indianos. A criação delas é cara. Elas podem arruinar a reputação da família com o poder da indiscrição. Elas precisam de um dote quando você as casa, e o que você recebe de volta?
 
 
 Nada além de preocupação e miséria.Garotos, por outro lado, são produtivos economicamente. Quando crescerem, ganharão salários, trarão uma esposa para casa, recebendo o dote desta, e agirão de modo a preservar e trazer prosperidade à situação dos pais, quando estes envelhecem. Quem não desejaria filhos? Uma mulher indiana teve sete filhas. As  pessoas sempre foram gentis para ela. Uma tragédia épica aconteceu-lhe. Uma infelicidade em todos os dias da semana. Ninguém poderia acusá-la de não ter tentado ter um filho. Veja o que ocorreu, no entanto. Suas lindas filhas alegravam a casa dos amigos quando os visitam. Sete sílfides com olhos negros e inteligentes, pescoços de cisne e sorrisos confidentes.
 
 
 Todas elas juntas poderiam transformar um quarto em uma pintura à óleo.Mas é difícil para os indianos ver sete garotas e não pensar na sombra de sete dotes, sete oportunidades para a honra da família ser manchada, sete fardos. Imaginem, em pleno século XXI, uma garota, uma adolescente ou uma moça - cito as três fazes porque lá, muitas vezes eles casam suas filhas com apenas doze anos; nessa época eu brincava de bonecas e creio que elas também.Quando essa mulher indiana engravidou  pela oitava vez, todos rezaram por ela. Um filho, por favor, conceda-lhe um filho. Quando ela deu luz à gêmeos, ambos meninos, era como se o paraíso houvesse se aberto e mandado adiante rios de chuva após setecentos anos de aridez.
 
 
 Não um, mas dois meninos! Filhos enfim, finalmente filhos, graças ao bom Deus, eram finalmente filhos. Eu teria raiva de mim mesma, se tivesse nascido  em uma família indiana que cria as filhas na Grã-Bretanha. Nesses momentos, eu avalio, diante dos meus pensamentos o abismo de comunicação que seria entre meus pais e eu, pois mesmo não tendo acontecido isso já foi bastante difícil, pois sempre fui muito bem informada, por ler muito e meus pensamentos e ideias serem colocados como avançados demais . Eu, simplesmente transladava todas às minhas ideias e pensamentos, transcrevendo-os em uma pequena máquina de escrever vermelha ou mesmo em folhas de papel.
 
 
 Qualquer pensamento além desses era distorcido pela imaturidade, e simplesmente caía de um penhasco para um mar de desprezo por mim própria. A atriz indiana Aishwarya Rai teve inúmeros obstáculos para as mulheres na Índia. Muitos a chamaram de “coração valente” ou “filha da Índia”. Mais do que motivar uma onda de orações e protestos em todo o país, a estudante de 23 anos morta no sábado após ser estuprada por seis homens em um ônibus em Nova Déli fez o país se perguntar: “Por que a Índia trata tão mal as suas mulheres?”.
 
 
 No país, não são raros os casos de aborto de fetos femininos, assim como os de assassinato de meninas recém-nascidas. A prática levou a um assombroso desequilíbrio numèrico entre gêneros no país. As que sobrevivem enfrentam discriminação, preconceito, violência e negligência ao longo da vida, sejam solteiras ou casadas. TrustLaw, uma organização vinculada à fundação Thomson Reuters, qualificou a Índia como o pior lugar para se nascer mulher em todo o mundo.E isso se dá em um país no qual a líder do partido do governo, a presidente da Câmara de Deputados, três importantes ministras e muitos ícones dos esportes e dos negócios são mulheres.

Crimes em alta. Apesar do papel mais importante desempenhado pelas mulheres no país, crimes de gênero estão em alta na Índia. Em 2011 foram registrados 24 mil casos de estupro – 17% só na capital, Nova Déli. O número é 9,2% maior do que no ano anterior. Segundo os registros policiais, em 94% dos casos os agressores conheciam as vítimas. Um terço desses eram vizinhos. Parte considerável era de familiares. E não se tratam apenas de estupros. Segundo a policía, o número de sequestros de mulheres aumentou 19,4% em 2011 (em relação ao ano anterior). O aumento dos casos assassinato foi de 2,7%, nos de torturas, 5,4%, nos de assédio sexual, 5,8%, e nos de violência física, 122%. As que sobrevivem enfrentam discriminação, preconceito, violência e negligência ao longo da vida, sejam solteiras ou casadas. TrustLaw, uma organização vinculada à fundação Thomson Reuters, qualificou a Índia como o pior lugar para se nascer mulher em todo o mundo.

E isso se dá em um país no qual a líder do partido do governo, a presidente da Câmara de Deputados, três importantes ministras e muitos ícones dos esportes e dos negócios são mulheres.Apesar do papel mais importante desempenhado pelas mulheres no país, crimes de gênero estão em alta na Índia. Em 2011 foram registrados 24 mil casos de estupro – 17% só na capital, Nova Déli. O número é 9,2% maior do que no ano anterior.Segundo os registros policiais, em 94% dos casos os agressores conheciam as vítimas. Um terço desses eram vizinhos. Parte considerável era de familiares. E não se tratam apenas de estupros.
 
 
 Segundo a polícia, o número de sequestros de mulheres aumentou 19,4% em 2011 (em relação ao ano anterior). O aumento dos casos assassinato foi de 2,7%, nos de torturas, 5,4%, nos de assédio sexual, 5,8%, e nos de violência física, 122% .Protestos contra o estupro da jovem indiana se espalharam por todo o país.Segundo Amartya Sen, prêmio Nobel de Economia de 1998, mais de 100 milhões de mulheres desapareceram ou foram mortas em todo o mundo vítimas da discriminação.
De acordo com os cálculos dos economistas Siwan Anderson e Debraj Ray, mais de dois milhões de indianas morrem a cada ano: cerca de 12% ao nascer, 25% na infancia, 18% em idade reprodutiva e 45% já adultas.
 
 
O estudo mostrou que mais mulheres morrem na Índia por ferimentos do que por complicações no parto. E esses ferimentos seriam um indicador da violência de gênero.Outro dado estarrecedor é o de 100 mil mulheres mortas por queimaduras. Segundo os dois economistas, boa parte delas são vítimas de violência relacionada ao pagamento de dotes matrimoniais. Não raro, os agressores queimam as mulheres.Para os analistas, é preciso uma mudança estrutural nas atitudes da sociedade para que as mulheres sejam mais aceitas e tenham mais segurança na Índia.O preconceito de gênero é reflexo de uma sociedade de tradição patriarcal, ainda mais forte no norte do país.Para os manifestantes que saíram às ruas após o estupro da jovem estudante de medicina, os políticos, inclusive o primeiro-ministro Manmohan Singh, não são sinceros quando prometem leis mais duras contra a violência de gênero.

Eles ainda questionam o fato de que 27 candidatos nas últimas eleições regionais eram acusados de estupro. Além disso, seis deputados respondem pelas mesmas acusações. Como crer, então, na classe política?Ainda é cedo para saber se o governo realmente concretizará suas promessas de leis mais duras e julgamentos mais ágeis em casos de estupro. Os protestos em Nova Déli, no entanto, parecem trazer alguma esperança de que algo poderá mudar, para o bem das mulheres indianas.Poligamia é uma coisa normal na Índia, Rajo Verna que é um caso que me lembro aleatoriamente dela, casada com cinco irmãos na Índia..
 
 
 Ela tem apenas 21 anos e mora em Dehradun na Índia. Rajo vive com cinco homens maritalmente como maridos e mulher, isso mesmo, não está errado o conteudo descrit no plural e nem você leu errado. A jovem indiana vive com cinco homens como marido e mulher, não se trata de incesto, afinal os maridos não são irmãos dela.A Jovem dorme uma noite com cada um dos irmãos, em um sistema de rodízio. A jovem tem um filho que desconhece qual deles possa ser o pai afinal ela dorme com todos. “Todos nós fazemos sexo com ela, mas eu não sou ciumento. Somos uma grande e feliz família”.
 
 
 Oficialmente, só existe um deles casado com Rajo, mas cede a esposa, espontaneamente  para casamento informal com os quatro irmãos.Bajju, o marido mais velho, tem 32 anos. O mais novo, Dinesh, 18. Você chama isso de cultura? Eu prefiro abrir os olhos das mulheres, mesmo em um país como a Índia. Conviver com um só marido já é difícil e, em muitos casos, como o meu é praticamente impossível e cruel... É isso, querida amiga Tazi. Sou sozinha? Sou... Extremamente sozinha. Acha que não voltei a ter meus sonhos de adolescente? É plausível sonhar? Irremediavelmente improcedente, pois os homens de agora são irraìcíeis, presunçosos, vândalos, prepotentes, mentirosos, mesquinhos,, medievais, egocêntricos e narcisistas.
 
 
 E todos esses adjetivos que que coloquei em perfeita simetria, você acha que não me faz triste, não me arrancam mil lágrimas contidas? E "la bella Itália" está lá do outro lado do Oceano Atlântico. Mas alguma hora, em algum momento, voarei com minhas asas, brancas como as nuvens e ficarei com minhas irmãs, as estrelas, pois há muito espero poder ajudar, com todo o meu carinho e vontade de ver um sorriso no rosto de uma m. mulher que passa por esse turbilhão de labirintos letais. Mas eu voltei a estaca zero: - Tenho o rosto de idiota, devo ser taxada de boba e, apesar de tudo isso, só sinto falta do colinho da mamãe nesse momento pois também sou "uma filha do silêncio" Boa noite, querida amiga! Um beijo do coração.



Texto de: JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelance
Dedicado a querida amiga Taziana Sabato

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