Como conter essa loucura, essa sede de sangue e morte que acometem os homens através dos séculos?
Às vezes, meus pensamentos esvaem, como correntes elétricas, como se para soldar, unir de novo os pensamentos convexos, para que eles se estabilizem e eu possa fluir minhas ideias, outra vez, no sentido correto, tentar entrar na mente masculina e fazer um check-up emocional, saber o que levam muitos deles a cometer o femicídio.
Senti uma repulsa enorme quando coloquei à minha frente o caso da jovem Fabiana Luzzi (quase uma criança), de apenas 15 anos; linda, inteligente, culta, começando a sonhar os seus sonhos de menina-mulher... Linda e frágil, como quase todas nós.
A Itália inteira chora interiormente pois é difícil acreditar que um quase menino, de dezessete anos teve a capacidade, coragem e a petulância de esfaquear e, logo depois, jogar líquido inflamável e atear fogo na atordada adolescente, viva, que teve fôlego suficiente para lhe dizer que não fizesse aquilo e chamá-lo de bastardo.
Mas ele possuía a frieza dos personagens dos livros de Agatha Christie; um ser sem emoção, vivendo uma "fabula do demônio" (o inferno na superfície), a terra alagada de sangue pegando fogo....
A Calabria está triste, silenciosa, chorando interiormente, como todos os corações do país que se sentem contundidos ao deparar com tamanha falta de emoção e uma vinda e uma cabeça tão jovem, imatura, mas com a capacidade de fazer tremenda monstruosidade, sem se sentir culpado ou demonstrar qualquer resquício de arrependimento.
Os vizinhos de Fabiana disseram que o jovem batia na garota (que uma vez ela estava com o rosto vermelho e inchado, causado por espancamento)... E "ele" só dizia que queria dormir....
Deveria dormir o sangue eterno pois Fabiana não é um ser mitológico, não é o Fênix, que sempre renasce das cinzas. E os jornais locais ainda o denominam de boyfriend...
O que "ele" tem de menino amigo? Rotulamos às pessoas conforme elas se mostram a nós (e maconha ou outra droga qualquer não faz junção com mentes monstruosas, deformadas pela vida, pela cultura que lhe foi imputada... Ou seja, conhecimento nenhum...
Só coisas negativas e que destroem seres humanos, principalmente e de preferência, "mulheres"; esses seres lindos, frágeis e desejáveis que Deus criou).
Não rotularei homens, como italianos, brasileiros. indianos, paquistaneses, como sendo vândalos, horríveis "homens das cavernas", que não progrediram, que não evoluíram...
Hoje em dia, creio que uns noventa por cento deles têm a mente degenerada, carcomida pelo ódio, que eles jogam em cima das mulheres como se fosse um caldeirão cheio de chumbro derretido, para doer muito, aleijar, matar... Um femicídio perfeito.
Dizem que pior que perder uma mãe é perder um (a) fillho (a). Como estárá a pobre mãe da jovem Fabiana?
Quase ensandecida de dor, revolta e ódio, por terem lhe tirado à filha da maneira mais cruel. Em pleno século XXI a maldade masculina não tem mais idade; parece que eles já nascem com o DNA defeituoso (com uma roptura imensa no cérebro, por onde se esvai a bondade, o bom senso, a cultura e o caráter).
É praticamente quase impossível haver "igualdade", "amizade", "companheirismo" e "confiança" entre seres de sexo diferente.
Pela enésima quero deixar claro que as nãções têm que se unir para que eduquem seus homens e protejam suas mulheres pois será muito triste sentir outra "Fabiana" partindo dessa vida de uma maneira tão desumana, onde ela não teve nem como se defender; por causa de uma mentalidade impiedosa de um quase homem narcisista e egocêntrico.
Texto de:JUSSARA SARTORI
Scritricce, Poetessa & Freelancer
Esse assassinato foi realmente monstruoso, frio, sádico. Essa maldade contra às mulheres cai diretamente no femicidio pois, como você vê e disse, parece que as pessoas leem um artigo desse porte como estivesse lendo uma página de gastronomia, moda , arte ou esporte. Sabe o que tenho pensado muito? Todas às pessoas armam um palco, protagonizam o maior drama, mas não têm coragem de ajudar. Os governos resmungam mas cruzam os braços, como a situação não passasse de um fato banal. Às próprias prejudicadas se escondem dentro de uma ostra. Nós fazemos o que está ao nosso alcance, que é divulgar, procurar dar apôio, incentivo para que todas falem e, os que apenas assistem deixem postado aqui a sua visão global do problema... Já pedi ajuda até à sua Santidade, Francesco I, mas ele, também, não me escutou. Se ele é o representante de Deus aqui na Terra... O que Deus poderá fazer por nós? Jussara
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