Nada melhor que estar deitada em minha cama, fechar os olhos, e pensar em fatos que voltam, diante dos meus olhos cerrados, como se eu estivesse no mesmo lugar que me levou a remexer em meus pensamentos.
Sempre venho frisando, em quase todos os meus textos, sobre o direito das mulheres, a necessidade de harmonia entre os sexos, para que haja igualdade.
Mas essa semelhança de que falo não é dois seres, de sexos diferentes passarem, de repente se parecer em tudo. Não!
Isso não seria real, científico nem estaria (e nem caberia) dentro das normas da igreja. A maioria dos homens se consideram egocêntricos, ou seja, pensam ser o centro de tudo. Mas o polo central tem um nome, em todas as religiões espalhadas pelo mundo:
- O polo central se chama DEUS. Essa identidade que tento passar para vocês não é isso que citei acima; é algo maior, mais positivo, mais complexo. E o macho, querendo se sobrepor à fêmea impede esse processo de "se não poder ser mudado", haver uma maneira de resgatar a auto estima desse ser tão especial, tão sublime, que é a mulher.
Não é por eu ser uma, das muitas existentes no mundo, que me aproveito desse dom com que fui abençoada, que é o de escrever, que tenho o direito de deturpar uma situação que já se arrasta por século após século.
Desde o primórdio do mundo que o sexo oposto manipula todas as situações, usa de violência contra a mulher para resolver às questões que lhe interessa... Enfim: - Ele se considera um narcisista, isto é, ama a si mesmo e que se dane todo o espaço físico que o rodeia.
Mas as coisas não funcionam assim; ambos têm seu território demarcado na sociedade, em família, nas escolas, nas empresas... No sentido global, sem querer globalizar esse contestar que considero muito sério e procuro a eficácia das palavras para não estragar o conteúdo, que está fluindo tão claramente no meu cérebro.
Não é ter ideias obsoletas ou muito adiante do presente; ainda falo do momento atual e no que caiu no esquecimento por serem arcaicos. Não estou negligenciando o homem, com suas habilidades, características inovadoras, que já revolucionaram o âmbito delimitado a eles.
Mas, não satisfeitos com sua posição em vários campos (social, educacional, biológico, industrial, político), eles têm sempre se rebelado com o que lhes cabe por direito e direcionam a sua insatisfação para a área de uniformidade.
Foi assim que começou essa "guerra fria" e "desleal" porque ele transferiu toda a sua insatisfação, sua inveja, soberba e ira às mulheres que, pouco a pouco, desde o "iluminismo", elas foram conquistando o seu verdadeiro espaço (por direito) pois, naquela época, ainda, elas não tinham direito algum.
Eram impedidas de se alfabetizarem, não tinham direito ao voto e eram obrigadas a ficar sempre em casa, criando os filhos, nascidos de um relacionamento e eral taxadas de ignorantes, um zero a esquerda, um corpo sem comando.
Isso lhes deu força para furar o cerco masculino e dar início à sua cultura, dentro do meio social; assistindo palestras de escritores, artistas, tendo acesso a livros... ) Foram aprendendo a ler e criando suas próprias histórias.
Dessa década em diante a fêmea foi adquirindo a árduos sacrifícios o seu real posicionamento dentro do mundo social. Seus horizontes foram se alargando e portas foram se abrindo para elas e seus dons se expandindo. O macho que já tinha um temperamento terrível ficou mais acessível aos seus dons femicidas.
As chances trabalhistas fizeram junção com as dos homens e ela conquistou uma emancipação muito grande, superando o sexo oposto. Com toda essa transformação passou a acontecer mais violência contra às mulheres pois a falta estabilidade sobre essa sobreposição que só foi crescendo do lado feminino, colocando-as simetricamente emparelhadas com a "fera ferida", em seu orgulho, em sua inveja.
Renasceu, mil vezes pior, a violência doméstica, sexual e psicológica. E, mesmo procurando ponderar essa imensa rivalidade, nascida com a evolução feminina (pois o sexo frágil mostrou que poderia gerar mais potencialidade em se posicionando com o lado masculino, por se tornar empresárias eficientes, presidentes de países, ministras, deputadas, etc.).
Isso deixou o mundo, novamente sem demarcação de sexos e com a mulher correndo sérios perigos de vida (psicologicamente e fisicamente). Apesar de toda essa relutância entre o ser e o não ser, poder ou não poder, quem tem ou não razão deixa uma interrogação imensa porque, como já disse, da igualdade,se chama paz, entrosamento, cumplicidade, entendimento e... "amor".
Eu mesma conheço alguns homens de mentes fantásticas, de inteligência fabulosa, mas são negligentes com as mulheres, apesar de pacíficos. Esse correr desenfreado da tecnologia, da ciência, da dificuldade financeira, da pobreza de muitos países, me fez reorganizar muitas ideais que, no ponto de vista de muita gente, pode parecer correto mas, no meu ponto de vista está errado.
Domingo fui a um show em que pude notar muitos casos que muitos chamam de igualdade (por exemplo, o caso de homem casar com homem, mulher com mulher.... E está tudo bem, tudo igual?)
De que ideia genial começou essa aberração chamada de "igualdade"? É preciso trabalhar muito no ramo da genética, biológico e social para que tudo que é normal para muita gente seja colocado nos seus devidos lugares. Preconceito?
Absolutamente! A culpa é dos próprios homens e mulheres que, por causa do seu desajustamento familiar e social, transformam a identidade de seus filhos em uma coisa totalmente bizarra. Tenho muitos amigos jornalistas, poetas, poetisas... Escritores, enfim.
Peço a eles, de todo o meu coração de "ser humano", uma força especial nesse enfoque pois eu, sozinha... Não posso ganhar uma batalha sozinha... Que dirá dirá uma guerra...
Texto di: JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelancer
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