quarta-feira, 5 de junho de 2013

UM ANJO DE ASAS PARTIDAS...

 

 
 
 Depois de bastante machucada Anna Carolina, sua madrasta, ainda teve coragem de apertar seu pescoço, quase a asfixiando. Segundo foi relatado na época do assassinato, em 2008, o carro do advogado estava todo sujo de sangue. Ele carregou a criança até o seu apartamento, deixando vestígios de sangue na sala e no lugar que  a jogou no chão, como se fosse um saco de batatas.
 
 
 Foi aí que sua esposa, Anna Carolina entrou em ação, apertando o pescoço de Isabella, pouco se importando ciom a presença de seus dois filhos, ainda mais novos que a garota. Largaram a pequena, foram até o quarto dos meninos, cortando a tela que havia na janela como proteção. Fizeram um pequeno orifício e foi por ele que Alexandre empurrou sua filha para a morte.
 
 
 Pensem bem como ficou "a mãe", que estava perto ao local do crime, ser chamada, chegar, e deparar com o corpinho de seu anjinho caído do lado de fora do prédio? Um pai que, juntamente com a mãe, gera um bebê, tem que se sentir com sua chegada, lhe dar muito carinho, traçar-lhe um caminho seguro, assegurar o seu futuro, lhe passar a cultura fundamental para ser uma pessoa honesta, humana e saber direcionar e gerenciar pãoor si mesmo sua vida de adulto.
 
 
 Fico pensando em uns crimes hediondos como esse e me sinto revoltada, porque penso que existem pessoas que estudam, estudam... E aprendizado não é capaz de lhe caber dentro do cérebro. E o que é uma pessoa sem a sua massa cinzenta?
 
 
 Um monstro voraz, capaz de praticar um crime tão hediondo como esse. Alexandre Nardoni não é humano, é um animal irracional porque já li sobre animais que, após terem suas crias, os devoram. Isso é um ato de selvageria pura que me deixou cheia de tristeza na época; e ainda penso, até hoje, na mãe de Isabella.  Essa será uma ferida que não cicatrizará nunca.
 
 
 Quatro anos  após a morte de Isabella Nardoni, documentos e gravações inéditas trazem detalhes da morte da menina que, segundo especialistas, foram essenciais para levar os culpados do crime para a prisão. Em uma das fotos, a criança aparece com um corte e roxos no corpo.
 
 
 De acordo com Laércio de Oliveira César, médico legista, os ferimentos não são comuns em uma queda como a da menina.Isabella morreu em 2008 com cinco anos, depois de cair do sexto andar do edifício London, na zona norte de São Paulo.
 
 
 Em março de 2010, o júri condenou o pai da menina, Alexandre Nardoni, de 31 anos, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, de 26 anos, pela morte da menina. O casal foi considerado o responsável por asfixiar a criança e joga-la pela janela do sexto do prédio. As últimas imagens de Isabella mostram a menina minutos antes de morrer. Ela está em um supermercado na companhia dos dois irmãos, do pai e da madrasta. Aparentemente, não há nada de errado com a família .
 
 
O casal acusado afirma que uma pessoa teria invadido o apartamento e jogado a menina pela janela. Segundo a polícia, porém, detalhes importantes foram sendo revelados desde o início da investigação. Registros do telefone mostraram que logo depois da queda, com a menina ainda com vida, o casal preferiu telefonar para os pais do que para socorro.



No dia do crime, dezenas de ligações foram feitas para a Polícia Militar e para os Bombeiros. Nenhuma delas, porém, foram feitas pelo pai e madrasta da vítima. A falta de gestos que pudessem salvar a vida de Isabella chamou ainda mais a atenção dos investigadores. A desconfiança só aumentou quando os investigadores encontraram gotas de sangue no apartamento.


 Segundo a polícia, já na entrada do apartamento, os agentes encontraram gotas, todas pequenas. Pela distância de uma gota a outra já era possível concluir que a pessoa que estava ferida, da qual estava caindo aquele sangue, estaria provavelmente no colo de uma pessoa adulta. Isso porque a distância de uma gota a outra era de uma passada de uma pessoa adulta.


 No carro do casal, mais sangue foi encontrado. Eles foram intimados para participar da reconstituição do crime. Seria a oportunidade deles justamente apresentar toda a dinâmica do momento em que desceram do carro.


 Haviam afirmado para a polícia que ficaram algum tempo no carro após deixar Isabella no quarto, esperando um outro carro na garagem diminuir o som para subirem para o apartamento. Então, seria a oportunidade que  teriam pra mostrar a versão deles. O casal, porém, se recusou a comparecer e até falaram que não fariam prova contra eles próprios.


- Até nós estranhamos porque têm oportunidade de mostrar que está dizendo a verdade...o fato de  participar deixa bem claro que estão montando uma prova contra eles mesmos. Em 30 dias, a polícia ouviu mais de 60 testemunhas e preparou o inquérito, que aponta o casal como os assassinos da menina.


 Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão a ser cumpridos em regime fechado. Anna Carolina Jatobá recebeu pena de 26 anos e oito meses de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Ambos por homicídio doloso triplamente qualificado. A pena dos dois foi acrescida de mais oito meses por crime de fraude processual (alteraram a cena do crime), que eles poderão responder em regime semiaberto. 



Agora o advogado do casal tenta na Justiça anular o julgamento. Três recursos estão sendo analisados pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal. Se Isabella estivesse viva completaria dez anos no mês que vem.



Espero que a justiça seja "justa", não cega, como a estátua da "justiça", que nos aparece de olhos vendados.Fico indignada como pode existir advogado para tentar tirar dois assassinos da cadeia, que é o lugar onde deveráo permanecer para sempre. Deus nos dá a vida e só ELE pode tirá-la; é a "lei divina"...


Testo di: JUSSARA SARTORI
Scrittrice, Poetessa &Freelancer

 

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