quarta-feira, 19 de junho de 2013

MEU CÉU INTERIOR

JUSSARA SARTORI

O universo é imenso,
resplandecente...
Mas ele brilha para o mau,
ilumiina corações que enganam,
almas cheias de labirintos,
de barreiras intransponíveis,
de areias movediças,
de minas de guerra,
de desertos sem oásis,
anjos de asas quebradas,
de pássaros emudecidos.

A vida  é uma faca de dois gumes,
mas corta, igualmente, dos dois lados.
Conheci dois infernos escaldantes...
O primeiro muito me machucou;
o segundo me deixou sem forças
para continuar olhando em frente.
Vi, então, que viver do avesso
não queima, não dói, porque você o faz.
O maravilhoso céu interior toma conta
de cada centímetro do su ser rejeitado,
do seu corpo que não pode ser amado...

O meu lado avesso brilha;
é esplendoroso, puro, resplandece.
Nas noites as estrelas brilham,
iluminam o amor que criei só para mim,
e  nunca me faz sofrer; porque me ama...
Com a ternura dos anjos celestiais,
Abraça-me gentil e como uma borboleta,
acaricía-me toda, com a doçura
de todos os deuses do Olimpo,
fazendo-me sentir uma Afrodite,
permitindo que meu exterior reclame...

Deposita tanto amor dentro de mim,
tanto encantamento de poesia pura,
beijos  do doce mel das abelhas,
pele sobre a pele, ardente de amor...
Coração batendo fortemente...
Meu corpo sofrido já não suporta
mais perdas, mais renegação...
No meu dia, dentro de mim,
o sol brilha radiante, límpido....
E você, minha doce poesia,
continua sendo o meu céu interior.

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