sábado, 16 de novembro de 2013

LÁGRIMAS

JUSSARA SARTORI
(16/11/13 > 00.30)

Lágrimas...
Essas inimigas insensíveis,
que marejam o meu rosto
quando penso em você;
desejando-o,
querendo ser amada,
acariciada,
abraçada,
esmorecer
dentro do seu corpo ardente.
Como me amou,
fazendo-me delirar
de tanto êxtase,
orgasmos espaciais;
porque o amor,
de tão imenso,
flutuava-nos....
Lembranças poéticas
não se materializam
dentro de mim...
Essas lágrimas
que agora teimam
em cair sem parar,
alagou o meu espaço...
Atravessou continentes
de lembranças;
subiu serras de desejo...
Caiu, como cachoeira,
de água salgada;
girou o mundo todo,
engolindo os meus espaços
de esperança...
Quem inventou o amor,
esse fogo devassador,
que me devora por dentro;
e as lágrimas
não conseguem apagar.
Cada lágrima que cai
é uma esperança perdida,
sofrimentos aumentados....
Visualizo o seu rosto
e vou escorregando
na cachoeira das minhas lágrimas...



Poetisa, Escritora & Freelance

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