Jornal: LA REPUBLICA
De: ANTONELLA BARINA
Data: Sexta-feira, 19 de outubro de 2012
O matrimônio forçado hoje é um drama na realidade italiana chegando ao extremo da violência física. É difícil prever quando e onde acontecerá uma tragédia dessas ou mesmo uma data específica para nos depararmos com um acontecimento desse porte. Mas existe e é comprovado atrás de um muro impenetrável criado pela própria família.
O matrimônio forçado imposto pelos pais sem o consentimento da futura jovem esposa, talvez com um homem que nunca tenha visto e muito mais velho que ela, já casado e com gostos e hábitos diferentes dos da prometida já é realidade frequente na Itália: um drama de muitas moças estrangeiras e criadas longe do seu país de nascimento, de origem paquistanesa, bengalesa, indiana e marroquina que sofrem na pele esse drama hediondo.
Faz pouco tempo que uma história dessas se repetiu com a enésima adolescente, que foi retida e violentada em Solò, perto de Brascia (Itália), pela sua recusa em retornar ao Paquistão, prometida a um homem desconhecido a ela.
Depois do casamento imposto chega-se à violência física. É uma violação dos direitos humanos aos quais a ONU é contrária, pois temos direito à nossa liberdade individual.
É uma privação ao direito que toda pessoa possui de encontrar sua própria alma gêmea, de se enamorar com quem seu coração escolheu.
Mas, sobretudo, é dificílimo denunciar. Difícil porque é duro incriminar ao próprio pai; porque geralmente ela é estrangeira e só pode contar com sua família.
Para ameniza a situação entrará em ação o serviço social italiano, para tentar resolver a tragédia dessa moça, como uma questão social e, praticamente, não haverá a mesma chance de liberdade e escolha que têm os italianos por não estar em seu país de origem.
Terá que emergir por ela só... quase degenerada na violência extrema. Por isso é preferível adaptar-se e suportar tudo pois ninguém a ajudará.
Atualmente está sendo testado um projeto para constatar o fenômeno (que, por inciso, considera também um homem decente em dez).
Realiza-se "ActionAid" que dá apoio aos seus direitos humanos por combater a pobreza no mundo, e "Trama Terre", uma pequena e enérgica Associação Intercultural de Imola, a qual ajuda o estrangeiro em dificuldade.
O projeto interagirá formando grupos de operações por setores inserindo psicologia, força da ordem dos advogados, policiais, e reuni-los para operar e conduzir a propaganda como uma estratégia do governo.
Terá em sua sustentabilidade a Fundação Vodafone, que dará apoio. Mas só isso não bastará. Para contribuir com sua ajuda humanitária vá em: www.actionaid.it e www.tramaditerre.org .
Postado: ROBERTO ROSSI
Traduzido: JUSSARA SARTORI
Postado: ROBERTO ROSSI
Traduzido: JUSSARA SARTORI
UM PEQUENO COMENTÁRIO:
Esse artigo fala do abuso que sofrem às meninas, adolescentes e mulheres da Ásia Meridional, onde estão situados os países citados no texto e, atualmente, além da Itália, se estende por todos os países porque as pessoas imigram para diversos lugares e levam consigo seus costumes e sua cultura. Nós nos horrorizamos, achamos hediondo um tratamento tão selvagem, tão arcaico. Mas, para que isso deixe de acontecer e conscientizar a todos dos direitos que assiste a todos os seres humanos ainda demorará um pouco pois a humanidade tem que ser reeducada (pedagogicamente, socialmente e politicamente). Creio que olhando seriamente por esse prisma, a mulher terá direito e liberdade de agir em pé de igualdade com o homem e não fazer da existência uma "guerra dos sexos"
Jussara Sartori
SOLIDARIETÀ (Articolo originale)
DI ANTONELLA BARINA
Dal Venerdì di la Repubblica del 19
ottobre 2012
IL MATRIMONIO FORZATO, DRAMMA DELLE NUOVE ITALIANE
È difficile avere dati precisi,
perché tutto si svolge dietro al muro impenetrabile della famiglia. Ma il
matrimonio forzato, imposto dai genitori senza il consenso della giovane sposa
- magari con un uomo mai visto prima, molto più vecchio, già sposato, con gusti
e abitudini agli antipodi - è frequente anche in Italia: un dramma per tante
ragazze straniere nate e cresciute qui, sopratutto di origine pachistana,
bengalese, indiana, marocchina...È di qualche giorno fa la storia dell'ennesima
adolescente segregata e violentata a Salò, vicino Brascia, per il suo rifiuto a
tornare in Pakistan da un promesso sposo sconosciuto. Eppure il matrimonio
coatto, pur senza arrivare alla volenza fisica, è una violazione dei diritti
umani sancita dall'ONU. E una prevaricazione al diritto di ogni persona a
innamorarsi. Ma anche un sopruso difficilissimo da denunciare. Perché è duro
incriminare i propri genitori; perché spesso, se sei straniera, puoi contare
solo sulla tua famiglia; perché i nostri servizi sociali tendono a liquidare la
tragedia di queste ragazze come una questione culturale, quasi non avessero
diritto alla stessa libertà di scelta delle italiane. E così a emergere sono
solo i casi che degenerano nella violenza estrema. E troppe preferiscono
lasciar perdere , sopportare. Tanto nessuno le aiuta.
Ma ora è partito un progetto
sperimentale per contrastare il fenomeno (che, per inciso, riguarda anche un
maschio su dieci). Lo realizza ActionAid, che fa perno sui diritti umani per
combattere la povertà nel mondo, e Trama di Terre, una piccola, energica
associazione interculturale di Imola, che aiuta le straniere in difficoltà. Il
progetto vuol formare gli operatori del settore: insegnanti, psicologi, forze
dell'ordine, avvocati, politici... e riunirli in un tavolo che vari linee guida
e proponga strategie al governo. A sostenerlo c'è la Fondazione Vodafone,
ma non basta: per aiutarli:
actionaid.it e tramaditerre.org
Postato: ROBERTO ROSSI
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