sábado, 29 de março de 2014

ASSASSINOS DA INTERNET

Cearense atraiu jovem a Fortaleza

O suspeito do crime descobriu o perfil da paranaense na internet e começou um namoro virtual, antes de matá-la

Não foi a primeira nem será a última vez que acontece crimes bárbaros, que nos chocam advindos da internet. Os assassinos sempre aproveitam de um momento frágil de alguma mulher para lançar o seu golpe, cujo final nós todos sabemos que será a morte. Muitas mulheres, moças, adolescentes ou mesmo crianças são pegas desprevenidas, por serem fêmeas, indefesas e, muitas vezes, inocentes. Nem sempre um rosto bonito, um corpo atlético (de um deus grego) é uma pessoa confiável. Muitas vezes corremos esse risco por romantismo em excesso.
 
 
 Apesar de estar aqui para dar bons conselhos a todas as mulheres que já passaram e ainda passam por torturas, imputadas por femicidas, estou correndo um risco equivalente pois sobrevivi um casamento cheio de hematomas, feridas internas e externas.... Mas consegui sair sem feridas e sem sequelas. Às vezes, dedicamos longos anos da nossa vida, amando platonicamente uma pessoa que julgamos inteligente, culta, extraordinária, para, depois de já conquistadas e sem ter como se defender, acabarem mortas na sarjeta, em uma praia deserta, em um matagal ou um lugar de difícil acesso. Estou procurando analisar mais de perto esses crimes hediondos, que acontecem em todo o mundo, para passar à vocês.
 
 
 É bom dar mais valor à nossa vida pois só vivemos uma vez. Nem sempre vivemos como havíamos sonhado. Muitas vezes nossa vida é triste, vazia, sem amor... Mas é nessa falta de quesitos que adquirimos força para ajudar a outras mulheres que se encontram no fundo do poço. Mas, sejam espertas: - Nunca caiam e se encantem por palavras doces e um palmo de rostinho bonito. Existem muitos répteis maravilhosos, mas que possuem um veneno letal. Protejam-se da melhor forma e escutem conselhos colhidos até em uma velha revista: quem deu àquele depoimento sabe bem o que viveu e não passaria à frente uma fantasia louca....


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Segundo o delegado Andrade Júnior, Clécio Oliveira convenceu a jovem Ângela Barba a vir para Fortaleza e depois praticou o crime. O cearense Clécio de Oliveira Braga, 32, suspeito de matar a paranaense Ângela Maria de Barba Rocha, 28, com quem iniciou um relacionamento amoroso por meio das redes sociais, atraiu a jovem para Fortaleza, antes de matá-la e abandonar o corpo. As informações foram repassadas pela Polícia Civil cearense durante a tarde de ontem.
 
 
 O cobrador de ônibus Clécio de Oliveira foi preso na casa dele, no bairro Carlito Pamplona, na última quinta-feira. O caso está sendo tratado como latrocínio (roubo seguido de morte), pois, conforme as investigações, o suspeito retirou a quantia de R$ 28 mil da conta-corrente de Ângela depois de praticar o crime e jogar o corpo da vítima às margens da BR-304,na altura do quilômetro 66, município de Aracati, no Litoral Leste.
 
 
 
De acordo com informações do delegado geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, o suspeito, trabalhava como cobrador de ônibus em Fortaleza. Ele é casado e pai de uma criança de quatro anos de idade, mas se aproximou da jovem, que mantinha um perfil em um site de relacionamento para começar um relacionamento amoroso.



Namoro virtual
Andrade Júnior informou que ele se aproveitou um momento frágil na vida de Ângela, que estava se divorciando do companheiro, para iniciar o namoro virtual. Na primeira oportunidade, Clécio foi até João Pessoa, na Paraíba conhecer Ângela, mas utilizou nomes falsos quando se hospedou em uma pousada. Ainda de acordo com informações do delegado geral, depois de conquistar a confiança da mulher, Clécio Oliveira conseguiu convencê-la a abandonar o emprego e à família. Conforme Andrade Júnior, ele atraiu a vítima para Fortaleza, onde possivelmente ocorreu o crime.



No último dia 5 de março, um corpo do sexo feminino sem identificação foi encontrado em Aracati e encaminhado a sede da Perícia Forense (GeForce). No dia 22 deste mês, a família de Ângela procurou à Delegacia de Proteção ao Turista (Deturpar), em Fortaleza, relatando que ela estava desaparecida há cerca de 60 dias e que, em sua fatura de cartão de crédito, constava várias compras no estado do Ceará. A delegada Adriana Arruda, titular da Deturpar, passou a investigar o caso. No último dia 26 a delegada descobriu que o corpo da mulher encontrado em Aracati, vítima de traumatismo craniano, era o da paranaense.



“Com todos os dados que existiam no início na investigação chegou-se a pessoa de Clécio, que não possuía antecedentes criminais. Ele se apoderou de tudo que ela tinha, inclusive o cartão de crédito e chegou a gastar R$ 28 mil que pertenciam a vítima”, disse Andrade Júnior. De acordo com os exames realizados no corpo, Ângela foi assassinada com a utilização de um objeto contundente.



O suspeito foi indiciado por latrocínio e detido na própria residência, após uma operação da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSDS), DEPP, Deturpar e Delegacia Regional de Atracai. Clécio nega participação no crime, mas não soube explicar o motivo de ter usado os cartões de Ângela. A Polícia Civil investiga a motivação do crime e a possibilidade dele ter feito outras vítimas. É horrível perder a vida tão jovem (aliás, não deveríamos morrer, deveríamos sempre ser jovens) e dessa maneira... sofrendo.


 O sofrimento do dia a dia já nos desgasta tanto, pois sofremos por nós e por quem nos cerca; por alguém que entrevistamos, pelo sofrimento daquela pessoa, por seu nome não poder se exposto, para que sua vida não corra perigo... Enfim, estamos batendo de frente com um problema grande demais para que eu possa dar conta dele sozinha, pois parece que ninguém se importa com quantas mulheres morrem por dia ou pelas que estão na mira da morte.



Texto de: JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelance

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