Estamos começando o ano sem melhores espectativas para a mulher. Ela continua a ser insultada, depredada em sua maneira de ser; principalmente às brasileiras em Continente Europeu. Não falo por falar; são fatos encontrados, para quem quiser ler, nas páginas sociais da internet. Li muito sobre estes casos, acontecidos na cidade de Coimbra; que não envolve somente homens mas, também, mulheres (agindo como os machos idiotas), o que me envergonha muito, fazendo-me sentir inútil dentro do que luto e continuarei lutando, que é a igualdade.
Os portugueses nunca, jamais, deveriam abrir a boca para falar de uma mulher brasileira pois, no tempo da colonização, eles aproveitaram, por ter se aportado neste país, e roubaram muito ouro e pedras preciosas e muitas outras coisas. Uma professora, da Universidade de Coimbra, criticar uma aluna brasileira, na frente de seus colegas, chamando-a de prostituta e outros nomes de baixo calão, é um absurdo. Eles devem estar cientes que, no Brasil existem muitas anedotas que os taxam de "burros", ignorantes...
Em Bologna, também, ofenderam a uma brasileira com insultos e palavras ofensivas. Existe muita diferença entre ser gentil e ser carismático do que colocar a mulher no pior grau de degradação. Todos que pisam em solo brasileiro, são tratados com o maior carinho, seja de qual nacionalidade. Quer dizer que uma mulher que se apresenta com boa educação, traquejo social é ser prostituta?
Prostitutas existem em qualquer parte do mundo por não terem sido abençoadas com uma família decente, por não terem podido estudar e adquirir cultura (ou, ser culta, e perder a noção de dignidade, causada por algum homem sem escrúpulo. Nós, mulheres, nos apresentamos e mostramos para a vida o que vimos em nossa infância, em nossa educação, no berço em que nascemos (este é um fator muito importante porque, em pleno século XXI, o mundo está cheio de "sem tetos", andarilhos... Outro dia assisti uma reportagem sobre os andarilhos, que somem de casa, por algum desgosto, e caminham sempre em frente...
Não como mendigos, pois eles não pedem nada; são sustentados por pessoas de bom coração. As andarilhas têm menos sorte pois sofrem estupros, pelos párias da vida, que, mesmo assim, fazem parte da classe excluída da sociedade por algum erro cometido na vida, e seguem em frente, derramando o seu ódio contra às mulheres; seres frágeis que não têm como se defender na periferia do mundo.
Muitas leis são outorgadas, em defesa da mulher, mas nunca são cumpridas; muias vezes nem são lidas. Já postei neste blog a "Lei Maria da Penha", na íntegra pois, se colocasse o link, aí que não seria sido lida mesmo, por preguiça e por descaso... Esta Lei não é cumprida, apesar de falarem ao contrário. As mulheres na Índia, Paquistão, na Ásia Meridional, são tratadas como vermes, um zero à esquerda.
Não se lembram do "caso Malala", que, no ano passado, receber o Prêmio Nobel da Paz? Esta é uma grande garota, que tem tudo para continuar sua luta em defesa das mulheres e me deixa muito feliz, apesar dela ter sofrido na pele a crueldade das mãos masculinas, dos homens grotescos, que agem seguindo a uma religião conturbada, que têm um livro sagrado que é uma verdadeira cartilha de fazer assassinos e dementes, tratando suas mulheres como escravas, dentro de um rigor, um regime selvagem que me dá vômito.
Deus, quando criou o mundo ele não pediu para matar seus filhos, da maneira mais horrível e asquerosa e sim "crescei e multiplicai-vos".Estamos quase chegando, de novo, ao Dia Internacional da Mulher e não melhorou nada a sua maneira de ser olhada. A mulher, por pior que seja, sempre tem um pouco de "santa", pois geram filhos, como Maria gerou Jesus. Sei que serão muitas palavras que estou jogando ao léu mas, não me cansarei de lutar pela dignidade e honra da mulher..... Que Deus tenha piedade dos pobres de espírito.
Texto de:JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelance
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