quarta-feira, 28 de maio de 2014

TORRE DE BABEL EMOCIONAL...

 

Desde a Torre de Babel, em que Deus misturou os idiomas (para as pessoas não se entenderem e parar com a loucura que tentavam fazer), o mundo continua em conflito; seja político, social, de entendimento, ou mesmo pessoal. É física e emocionalmente asqueroso as coisas que tenho visto acontecer no mundo inteiro.

Estas questões que têm sido relevantes na mídia e aos caçadores de desgraça alheia, em muitos momentos me deixa cismática. O mundo inteiro não se toca mais com a desgraça alheia. Parece ele desceu tão fundo que chegou ao inferno (se é que existe um), fazendo das mentes humanas algo diabólico, onde às pessoas cometem as maiores atrocidades e creio que todos estão, absolutamente,  de acordo pois não lutam e nem se esforçam para melhorar uma situação que está ficando crítica.

 Desde o caso Madeleine McCann comecei dar uma atenção não só ao femicidio, mas no pouco amor (ou nenhum amor) que os pais do século XXI dedicam aos seus filhos. Dizem que a menina Madeleine foi sequestrada. Foi comentado isso na época mas, ao meu ver, ela está morta por overdose de sonífero que seus país, médicos, lhe deram, para saírem com os amigos e curtirem os prazeres da noite. Achando-a morta sumiram com o corpo para não serem presos. E o amor, onde fica?
 
 Quem age com tanta frieza não é normal, é um monstro! Quando temos filhos pequenos ou que ainda não podem cuidar de si mesmos, temos que nos abdicar de certos costumes, muitas vezes frívolos e fúteis, para dar todo amor e carinho do mundo àquele ser tão indefeso que carregamos na barriga nove meses.

 Mas a mente humana se tornou uma "torre de babel emocional", onde as emoções, o amor, a responsabilidade, a alegria de amar a sua própria cria, misturou-se ao desapego, ao desamor, a irresponsabilidade e um vazio imenso que, a cada dia, vai acontecendo... Ou seja: - O mundo civilizado está ficando selvagem, mesmo com tantos avaços e tanta tecnologia. Essa enorme caminhada distorceu a mente humana. Vocês já devem ter visto falar de animais que matam às suas próprias crias. Mas eles são selvagens.

 No Brasil está crescendo, de maneira  de uma maneira cruel, casos de pais que esquecem bebes dentro do carro, em algum estacionamento ensolarado, e eles morrem porque lhes falta oxigênio para respirar; mães que jogam os filhos no lixo, assim que acabam de nascer, ou os matam, como fazem os animais. Hoje em dia os pais (geralmente junto com madrastas ou padrasto) se desfazem dos filhos, com o apoio de seu (sua) companheiro (companheira), com a maior frieza, como se as crianças fossem bonecos sem vida, desses que se fabricam em escala nas fábricas.

 Recordo-me do caso Isabella Nardoni, em que o pai, com a cumplicidade de sua companheira, feriram a criança, esganaram-na e, depois, fizeram um furo na grade de proteção de um dos quartos, do apartamento e que moravam e, o próprio pai a jogou de uma altura bem grande. Isso chocou o país inteiro, sendo que os dois agiram com a maior frieza, indiferença, até o final do julgamento.

 Bernardo Uglione Boldrine, um lindo menino gaúcho, de 11 anos, foi assassinado, por sua madrasta, com uma injeção letal (por nenhum motivo, pois ele era só um lindo principezinho e que já havia se queixado dos maus tratos da  mulher do seu pai (ele médico e sua companheira enfermeira). Ela foi ajudada por uma amiga em troca de saldar a dívida de seu apartamento. Que pai é esse que consente que matem seu próprio filho e tendo se formado para salvar vidas e não tirá-las. Para mim isso não é um "pai", é um "monstro"....

Até as crianças estão agindo como nesses filmes horripilantes, filmes de ficção e terror, que acostumamos assistir para agradar a alguma amiga. Faz pouco tempo, um menino de 13 anos, Marcelo Eduardo Bovo Passeghini, que sempre pareceu ser uma criança pacífica, filho de um casal de policial,  matou os pais, a avó e uma tia avó enquanto dormiam, com a arma que pegara do pai. Foi assistir às aulas em seu colégio, como se nada tivesse acontecido e, voltando para a casa, pegou a arma e se matou. Isso não é um "Torre de Babel Emocional"? As pessoas já não sabem conduzir seu próprio cérebro....
O que está acontecendo com o cérebro das pessoas? Como se não bastasse homens femicidas, mulheres que são a própria  Medeia, em pele de cordeiro, agora estamos lidando com crianças conflituosas, que matam e depois suicidam. Ou será que o mundo está evoluindo rápido demais e as pessoas não têm tempo  para pensar nas tecnologias novas, que deixam boa parte do mundo ociosas, querendo fazer algo mais diferente ainda:
 
 - Matar e, depois... Morrer... Simples assim... Será que eliminando vidas o problema acaba ou persiste, ainda pior; ao ponto do próprio ser humano já nem saber o que é amor, esse sentimento tão lindo que, há algum tempo brotava do coração... Agora... O que é o amor? Você sabe? Eu perdi toda a noção dos bons sentimentos. O mundo os está engolindo, como se fosse vermes.....
 
 
 
De: JUSSARA SARTORI
ESCRITORA, POETISA & FREELANCE
 

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