segunda-feira, 19 de junho de 2017

MUNDO SEM IGUALDADE

Ultimamente me sinto descrente de escrever, de sondar leis, de sentir que nada que nos impulsiona a ajudar à mulher não tem valor algum pois ela se fecha dentro do seu mundinho de sofrimentos , esquecendo-se que aqui fora está à sua ajuda, todos as ferramentas que ela precisa para se defender.
Já criaram infinitas leis.

 A Lei Maria da Penha não livra nenhuma mulher de ser morta por seu namorado, marido, acompanhante (seja lá que nome se dê a um relacionamento a dois, hoje em dia).
Esta Lei não protegeu  a própria Maria da Penha, cujo marido só foi preso vinte anos depois.
Fico juntando tiras de mulheres assassinadas, estupradas, deformadas, de alguma maneira.
Os homens do século XXI estão piores que os velhos ogros, homens das cavernas, os Vikings, os homens das cruzadas.... Só que um pouco mais requintados.


Mas os crimes e ataques hediondos continuam os mesmos. Creio que as mulheres muçulmanas são as que mais sofrem, por ter que acatar às vontades dos maridos. Como muitos países muçulmanos fazem uso da poligamia, elas são obrigadas a aceitar umas às outras: quando  não são obrigadas a se deitas com parente do marido. Se não aceitam são açoitadas.


A maioria daquelas mulheres são tão lindas e têm que usar burca, para esconderem seus corpos sensuais e seus rostos bem torneados. Quando eu tinha o apoio do Roberto Rossi eu me sentia mais segura pois colocava nele a minha sustentabilidade e apoio de quem lutava junto sobre uma mesma causa.


Só sei que um dia ele sumiu e nunca mais apareceu, o que me deixou muito triste. Às vezes às pessoas somem sem deixar rastro. Só que não consigo imaginar o motivo. É mais um motivo para continuar odiando os homens. Estou em um período muito ruim da minha vida; não consigo ajudar ninguém nem a mim mesma...


É melhor estar só, segura, dentro das paredes do seu quarto, que ser magoada pela falta de sensatez dos homens. Quero ajudar a todas que precisarem mas, quanto a mim, minha autoestima caiu em um
precipício sem fundo. Com toda sinceridade, sempre quis ajudar a muitas destas mulheres, esquecidas por Deus, mas elas não aceitam ajuda de ninguém (preferem morrer).

 É uma pena pois me sinto desestimulada. Quando iniciei este blog, junto com Roberto, pensei que nós seríamos uma dupla impactante... Mas não foi assim e eu me sinto culpada, envergonhada, por me sentir incapaz de ajudar à alguma mulher (talvez até um homem mesmo pois a igualdade engloba às duas partes.


Hoje a noite está fria e escura. Talvez, quem sabe, o dia amanhã amanheça sem sol, às flores murchas e os pássaros todos emudecidos. Este é um mundo sem igualdade, insano; e eu, como sou uma pessoa normal, sensível, sinto um imenso vazio dentro de mim, pois não sirvo para nada.


Texto de: JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelance

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