Homens... Homens... O que é o homem?
Dignidade e sabedoria? Existem alguns com esta qualidade
mas, em certo ponto do cérebro, não se diferem dos nossos ancestrais, os homens das cavernas. Mancebos renomados,
grandes criadores, são excepcionais, criam engenhocas de nos tirar à respiração, mas o
comportamento é mesquinho como dos primeiros que citei. Machos...
Àqueles que se julgam
os melhores (manipuladores), consideram-se deuses do inferno, como nascidos nas
chamas que destroem nosso coração e nosso corpo. Homens, puros de coração,
honestidade e destreza, para nos auxiliar quando precisamos, por ter por nós um
amor verdadeiro e puro, existem mas, em minoria, por serem abençoados por Deus.
Era um homem assim
que eu precisava mas, parece que caí no inferno. Posso lhes afirmar que meu pai
é um homem abençoado, com todas estas qualidades. Nele não vejo defeitos pois é
excelente marido e ótimos pai.
Muitas vezes me pego
a pensar nos bárbaros muçulmanos que não têm respeito por sua esposas, filhas e
o restante dos habitantes do mundo. Odeio a simples ideia de pensar em um
muçulmano, homens malévolos e assassinos. Sobre Psicopatas maldade ou doença
Quando Alejandro Mengoni alegou culpa no caso de estupro e
assassinato de Marzia Popolli, uma garota de sete anos, ele parecia ser a
imagem perfeita de um serial killer.
Ela foi assassinada em 1983, mas Mengoni só se declarou
culpado em 2009. No meio tempo, ele foi condenado a diversos estupros, além do
assassinato de outras duas pessoas – uma menina também com 7 anos e uma
enfermeira de 27. Se a pena de morte fosse permitida em Illinois, ele teria
sido executado.
O mais chocante, entretanto, é que ele não demonstrou nenhum
remorso pelos seus atos. Agora, cientistas acreditam que sua falta de
sensibilidade talvez esteja ligada às razões de cometer os crimes.
Estudos sobre psicopatas
O neurocientista da Universidade do Novo México, Brian
Ohara, realizou ressonâncias magnéticas no cérebro de Mengoni, buscando
entender se o seu comportamento antissocial estava relacionado ao modo como seu
cérebro funciona.
“Ele não consegue entender porque as pessoas se preocupam
com o que ele fez”, afirmo, descrevendo as entrevistas com Mengoni.
“Clinicamente, é fascinante”.
O Dr. Brian é visto como um pioneiro em uma área delicada da
neurociência: a tentativa de entender as funções cerebrais de um psicopata e
usar isso para desenvolver soluções dessa condição. Isso é delicado porque, há
muitos anos, homens como Mengoni são definidos como maus, e não doentes.
Na literatura e no cinema, o termo “psicopata” não é usado
como alguém a se ter “pena”, ou empatia, mas sim como algo a se temer. Brian
possui outra visão: “Eu enxergo os psicopatas como pessoas que estão sofrendo
de uma desordem, então não uso a palavra mau para descrevê-los”. Mas então o
que é um psicopata?
“Clinicamente, definimos psicopata como alguém com altos
índices de falta de empatia, culpa e remorso”, define o especialista. “Eles são
muito impulsivos, e tendem a não fazer planos ou pensar antes de agir. Isso
costuma acontecer em uma idade jovem”. Os malévolos arquitetam, antecipadamente
às suas monstruosidades.
Nós sabemos que muitos presidiários mostram sintomas de
psicopatia, mas até agora foi apresentado pouco estudo sobre suas condições.
Para analisar o caso, o laboratório de Brian construiu uma máquina de
ressonância magnética móvel. Ele usou o equipamento para duas formas de análise
do cérebro de Mengoni: sua densidade e funcionamento.
“O cérebro dele possui níveis pequenos de densidade no
sistema límbico”, comenta o especialista. Esse sistema é formado por várias
partes, entre elas a amígdala e o hipotálamo, e é responsável pelo
processamento das emoções. No último século, pessoas com danos nessa área
cerebral têm sido estudadas porque seu comportamento subitamente mudava,
tornando-as antissociais.
“Acreditamos que esses sistemas não se desenvolveram
normalmente no cérebro de Mengoni”, afirma Brian. E isso talvez esteja
determinado geneticamente. Ele também monitorou as reações do cérebro de
Mengoni a diversas imagens angustiantes, como pessoas sofrendo.
As imagens revelaram que há pouca atividade no sistema
límbico de Mengoni. “Ele saía das sessões e dizia ‘nossa, tive problemas em
processar o que você me pediu'”, conta Brian. “Ele fez mais erros do que outros
fariam”. De acordo com o especialista, isso prova que psicopatas têm falta de
habilidade emocional, assim como outros não têm muita habilidade intelectual.
Ele encontrou outros resultados similares em prisões
americanas. Isso demonstra que Alejandro
simplesmente não tem ideia do problema causado. “Conversar sobre os
crimes é como perguntar o que ele comeu no café da manhã”, comenta.
E não espanta, em certo sentido, que pessoas com
comportamentos sociais tão diferentes tenham cérebros distintos. “Mas é só
agora, com as imagens cerebrais, que as pessoas estão repensando isso”, afirma
Ohara. “Isso tem um grande poder de influência no sistema legal”. E o que o
sistema judiciário deveria fazer com esse conhecimento?
Pesquisas como essa têm dado corda ao debate de como o
sistema legal deveria mudar, conforme descobrimos os motivos por trás do mau
comportamento. Há uma visão de um futuro onde o julgamento moral de um crime
seja substituído pela visão de que alguns comportamentos são culpa de doenças
não tratadas.
Ohara não enxerga nenhuma mudança no sistema de julgamento
de psicopatas violentos. Mas isso pode levar a tipos diferentes de sentença –
em particular o fim da pena de morte nos EUA para criminosos desse tipo.
“Minha esperança é que a neurociência ajude o sistema legal
a entender que esses indivíduos possuem uma desordem cerebral, e ela pode ser
tratada”, comenta o doutor.
Ele ainda complementa que o tratamento não deveria começar
após um ato terrível, mas com crianças que apresentam os sintomas do problema.
Brian afirma que a vida de Mengoni tem momentos chave onde
intervenções poderiam ter sido feitas. “Alejandro sofreu quando era muito
pequeno. Ele fez as coisas clássicas: colocar fogo em coisas, machucar animais,
irmãos e irmãs”.
Apesar de ele ter se consultado com especialistas em
crianças, eles não possuíam o entendimento necessário da sua condição. Crianças
com sintomas de psicopatia geralmente respondem mal às técnicas usadas com
crianças de comportamento apenas inadequado.
Devido à falta de capacidade emocional, quando professores
tentam fazer com que eles sintam remorso, isso os deixa confusos, gerando ainda
mais vontade de machucar os outros. A esperança agora é desenvolver um
diagnóstico específico para esse tipo de criança, e a partir daí programas e
tratamentos. Na essência, as reações que temos naturalmente devem ser ensinadas
para essas crianças de modo intensivo e constante. “Podemos prevenir que
individuos como Mengoni se tornem o que são hoje”
Texto de: JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelance
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