sexta-feira, 18 de maio de 2018

O FEMINICÍDIO NÃO ESTÁ ACABADO.... A BATALHA CONTINUA SEM MUITOS ALARDES.....

Uma vez que você começou há alguns anos, a guerra contra o femicídio, parece que as mulheres deram rédeas ao medo, o poder de salvaguardar suas vidas para si mesmas pensando, tudo ficou muito pior e eles permaneceram em silêncio. Por que vai ser? O cansaço de entrar em uma guerra sem fim?


Acho que essa possibilidade me faz sentir pânico, mesmo quando estou andando na rua sozinho ... Porque quando o sol se põe, a lua nem sempre ilumina nosso caminho. Está triste? Sim, é muito triste pensar que andamos para sentir a morte no colo e ter um pouco de paz, sem deixar que nossos neurônios trabalhem contra nosso senso comum, temos que entrar dentro deles e viver de ambos os lados (externos e / ou interna).


 Eu, por exemplo, prefiro estar do lado errado, onde tudo o que é bom me envolve e me faz sentir que tudo é verdade, no meu ser; e que esta vida é uma grande mentira. Os silêncios, às vezes, perturbam minha paz interior, meu ninho de amor; para fazer o meu sofrer por dias e noites. Em janeiro, uma designer de moda, Valentina (seu nome verdadeiro), 28 anos, decidiu ir à polícia por causa dos assaltos sofridos pelo marido. "Eu não reclamei  mas comecei a temer pela minha vida e pela vida dela", diz ele.


Valentina foi até uma delegacia feminina em São Paulo e fez um boletim. No dia seguinte, a justiça estabeleceu que seu marido não podia mais se voltar para Valentina ou a filha do casal.A aplicação desse tipo de medida, quando a Corte impõe um limite de aproximação entre o agressor e a mulher, cresceu 26% em São Paulo 2013-2015 - e já atinge 12 casos por dia.



Prevista na lei de Maria da Penha, é a mais extrema das chamadas medidas de proteção - voltada à proteção de mulheres vítimas de violência ou ameaçadas. Além disso, existem outros tipos, como a separação forçada e a proibição de visitas a crianças.Violência doméstica nunca terá um fim.Existem 71 mil casos relacionados à violência contra mulheres que correm na capital. Investigações e investigações criminais mais demoradas andam de mãos dadas com medidas de proteção, que são urgentes. Essas ações só ganharam força em 2012, quando a lei Maria da Penha, aprovada em 2006, foi declarada constitucional pela Justiça Federal.



Em São Paulo, o Tribunal começou a compilar dados em 2013, quando havia 3.445 proibições aproximadas. Em 2015, eles atingiram 4.326.O aumento é comemorado por especialistas em direitos humanos porque as mulheres procuram ajuda, mas isso não significa que a violência tenha diminuído."As mulheres conhecem a melhor lei, mas a maioria dos casos não é informada", diz Simone Signorelli, coordenadora do grupo de defesa da mulher defensora pública desse estado"A população de hoje requer mais eficácia na luta contra esses mecanismos de violência que foram criados, pois as delegacias de mulheres apoiam grupos do Defensor e do Ministério Público", diz  Luana Ferrari, da Artemis, defesa das ONGs femininas. No caso de Márcia, o ex-marido desapareceu após a proibição. "Ele desapareceu, ficou intimidado quando soube que poderia ser preso se desobedecesse à medida", diz ele.



Nem sempre é assim. A aplicação de medidas de proteção é um dos principais obstáculos da lei Maria da Penha. "Ter um papel de justiça não garante segurança", diz a advogada Carla Paulline. Há dois problemas, dizem os especialistas: a polícia nem sempre protege as vítimas e a justiça tem dificuldade em intimidar o agressor. "Muitos são mortos mesmo que tenham medidas de proteção e boletins", diz Justine Pascal.



Em alguns estados, como o Rio Grande do Sul, são usados ​​"botões de pânico" e um tornozeleira eletrônico, alertando a polícia no caso de um agressor se aproximar. Em São Paulo, a prefeitura e o Ministério Público criaram o programa Guardião Maria da Penha em 2014. Oficiais da guarda civil visitam 160 mulheres para garantir que os atacantes não se aproximem delas.



Um dos criadores do programa, a promotora Eleonora Dunkan, afirma que as mulheres que continuam em relacionamentos violentos ainda são criticadas pela sociedade."As pessoas precisam ver que às vezes a própria mulher não se vê como uma vítima, ela não vê seu parceiro como um criminoso. Há ainda uma dependência financeira, psicológica.


 Em outros casos, a mulher tem medo de ser vista pelas crianças. como o fator que quebrou a família, o que a ajuda a ficar fora desse círculo de violência ". Não importa o quanto a polícia cuide de si e elabore cuidadosamente maneiras de cercar o assassino inadequado e futuro, isso não funcionou. Com isso, vemos que a mulher tem que aprende a defender por si mesma. 


Texto de: JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelance

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