segunda-feira, 13 de abril de 2015

"FEMINISSINO"

Como podemos ter certeza se um homem nos ama ou não. Creio que desde o início da vida na Terra o homem é "feminissino", que é a junção de feminicida com assassino. Hoje vejo o homem como um animal feroz, que não se acasala com a mulher com o intuito de ser feliz, procriar e ter uma bela família. Eu conheci um homem que me impunha um relacionamento de terror.
 
 Mas existem outros tipos de homens horríveis, que se comportam com naturalidade dentro de casa e, fora dela é um feminicida, assassino, traindo sua esposa e matando suas amantes, para lhes dar prazer e fortalecer o seu ódio pelo sexo feminino.
 
 Ele mata tantas mulheres que cruzam o seu caminho que, finalmente, começam a desconfiar da lealdade da própria esposa; matando-a ou impossibilitando-a de ser mulher de verdade. Um caso similar aconteceu em Mpumalanga, na África do Sul. Um homem, cujo nome não foi liberado para a imprensa, passou cola na vagina da mulher dele após suspeitar de uma traição, no ínicio deste mês.
 
 A vítima, de 40 anos, que teve a identidade preservada para a sua própria proteção, contou que o marido fugiu após a agressão e que, por causa dos ferimentos na genitália, ela não poderá mais ter relações sexuais. “Meu marido foi um abusador por muitos anos. Seu comportamento saiu do controle quando meu tio me deixou em deixou em casa. 
 
Meu marido me acusou de ter um caso com ele”, contou a mulher, que foi ameaçada pelo companheiro com um facão. Ela foi obrigada a ficar parada, enquanto o homem usou o produto adesivo no órgão genital dela. “Eu não sei o que faz um homem que diz amar sua mulher fazer isso com ela.
 
 Eu queria prestar queixa para a polícia, mas ele fugiu e não foi visto desde o incidente. Tenho medo de ele voltar a qualquer momento”, diz a vítima, que também relata sentir dores ao urinar. Instituições de apoio a mulheres condenaram o ato e pediram justiça para o governo sul-africano. Polly Neate, CEO da ONG “Women’s Aid” disse:
 
 “Este é um incidente grave de violência doméstica. A menos que reconheçamos a violência doméstica quando a vemos, nós nunca vamos reconhecer o quão difundida ela está - em muitas culturas, incluindo a nossa própria - e alcançar uma mudança cultural necessária para punir os seus autores e entender a experiência das vítimas”.
 
 Vejo, com tristeza, que daqui a algum tempo, a mulher terá horror de chegar perto de um homem, com medo de perder sua vida. Esse horror me acompanha há muitos anos, mas sei que conseguirei vencê-lo, pois nem todos os homens são Feminissinos.


Texto de: JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelance

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