quarta-feira, 15 de abril de 2020

NÃO PODEMOS TER MEDO DE LUTAR

Quando somos agredidas fisicamente, verbalmente e psicologicamente, perdemos  ou sentimos que perdemos nossa força interna,física e moral. Depois de ver muitos casos, ler reportagens, filmes e depoimentos de muitas mulheres pensei profundamente neste assunto, o mesmo que me fez criar este "blog".

Na época, como muitas jovens mulheres, fiquei acuada como uma ovelhinha emparedada por um animal selvagem. Nosso pânico é tão grande, no momento, que a única coisa que fazemos mecanicamente é proteger nosso rosto com os braços (exatamente como quando tropeçamos e caímos de frente.

Estas cenas passeiam quase todos os dias na minha mente, me cobrando o por quê de não ter agido diferente naquela época. Estava com minha filha bebê no colo e ele, bêbado, um tanto louco porque, por precaução e, também, para poupá-lo, peguei a garrafa de whisky, a qual já tinha bebido a metade e joguei o restante na pia da cozinha.

Ficou tão exaltado que me me deu uma bofetada tão forte que girei 360° com a criança segura em mim. Ainda me chutou a perna, acima do tornozelo. Ficou alto no lugar e levou um ano para sumir. A mãe dele estava em meu apartamento e não fez, absolutamente, nada para me defender.

Se fosse mais velha, mais vivida, meus pais estivessem perto, na mesma cidade... Nunca me ocorreu chamar a polícia. De que adiantaria? Com a mãe perto, se pegasse qualquer aparelho que falasse, com toda certeza o jogaria pela janela.

Na vida não podemos ser submissas quando temos um monstro por companheiro. Praticamente foi sempre assim enquanto vivi com ele. Quando você não se defende e suporta tudo o que lhe vem para cima, você perde até o direito de sonhar porque sua vida se torna um caderno em branco, o qual só se vira uma folha todos os dias.

Só agora, depois de muito tempo comecei a enxergar muitas coisas que não via antes. Por exemplo: - Nunca devemos  encher nossos filhos de mimos. Devemos, sim, lhes dar todo o carinho e amor do mundo mas, primeiramente, devemos lhes ensinar ser forte, saber se defender das maldades da vida; ser tão resistente como uma montanha, para não passar por tudo isto.

Já faz bem tempo que assisti um filme que, para mim, é a história de uma moça forte, que soube lutar para se defender do marido paranoico, psicopata. Já o vi uma dúzia de vezes e serei capaz de o fazer mais algumas vezes porque sempre encontro um pequeno detalhe interessante que não notara antes.

Aconselho muito a vocês mulheres o assistir. Chama-se "Nunca Mais", com Jennifer Lopes. Toda vez que o vejo mais uma vez penso: - Se eu tivesse agido assim não me sentiria uma derrotada a vida toda, com medo, pânico por todos os homens.

Assistam-no e cheguem à sua própria conclusão. Vejam como é se sentir forte e, se tiverem medo, não deixe que ele a floresça em sua pele. "Nunca Mais" foi uma lição tardia para mim. Nunca se deixem abater. Não podemos ter medo de lutar...



Testo de: JUSSARA SARTORI
Escritora, Poetisa & Freelance



 



2 comentários:

  1. Si, in effetti fa riflettere profondamente quest'argomento. Perché l'uomo deve aggredire, picchiare, schiaffeggiare, o insultare una donna, una sua compagna di vita? La donna alza le mani le braccia solo per difendersi, perde il diritto di sognare la sua vita non solo diventa un quaderno bianco ma un incubo e subentra l'angoscia quando questo figuro rientra in casa. E si crea così in molte donne un senso di rivalsa verso la figura maschile, perché da quest'uomo ha avuto nel corso della storia più umiliazioni che benefici. E subentra un interrogativo(e mi ripeto)c'è sempre all'origine un difetto di scelta, perché quest'uomo si comporta così, è ubriaco, è un matto? Se questa donna avesse scelto un'altro uomo o compagno, se l'uomo stesso avesse avuto un'altro tipo di donna sarebbe successo ugualmente o avrebbero potuto andare d'amore e d'accordo? Ora non bisogna sempre fare d'ogni erba un fascio, fermo restando che dissapori e discussioni ci sono e ci saranno sempre in ogni coppia, in ogni famiglia, ma mai violenze che sono l'aspetto deteriore e condannabile per un vivere sociale.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Non penso in un'immagine diversa da quella che ho vissuto in me stessa. Ci sono uomini che son uomini di verità, solo conosco mio padre solo perché quello che ho sposato un giorno non mi appartenava perché, secondo lui, la sua famiglia era sua madre ed suoi fratelli; ero simplecemente niente.Ecco perche non so se è odio... Paura...tutto quello che posso dire è che non fido degli uomini.

      Excluir