sábado, 9 de abril de 2016

MULHERES TORTURADAS ONTEM, HOJE, AMANHÃ E SEMPRE... CADA HOMEM CARREGA UM SATANÁS DENTRO DE SI...

.Homens de verdade existem poucos. Eu mesma sofri algumas barbaridades ( mas meu ex marido ficou impune e ainda sofro até hoje com suas chantagens psicológicas, emocionais. Não é um cavalheiro, não cumpre com seu dever de ex marido, faz chatagem emocional....

 Vivo sempre em pânico. Para o mundo ele se faz passar por santo (santo do pau oco). É uma vida cansativa e desgastante; durante muitos anos tive pavor do sexo oposto, mas vi que alguns se salvaram. Passarei uma temporada na casa dos meus pais que já é um escudo muito grande e carinhoso, mas não posso usá-los a vida toda como escudos pois tenho vida própria e lugares propícios para escrever.

 Muitas vezes, me sinto como uma pérola fechada dentro de uma concha no fundo do mar. Uma pesquisa coordenada pela Igreja Católica com documentos produzidos pelos próprios militares identificou mais de cem torturas usadas nos "anos de chumbo" (1964-1985). Esse baú de crueldades, que incluía choques elétricos, afogamentos e muita pancadaria, foi aberto de vez em 1968, o início do período mais duro do regime militar.

 A partir dessa época, a tortura passou a ser amplamente empregada, especialmente para obter informações de pessoas envolvidas com a luta armada. Contando com a "assessoria técnica" de militares americanos que ensinavam a torturar, grupos policiais e militares começavam a agredir no momento da prisão, invadindo casas ou locais de trabalho.

 A coisa piorava nas delegacias de polícia e em quartéis, onde muitas vezes havia salas de interrogatório revestidas com material isolante para evitar que os gritos dos presos fossem ouvidos. "Os relatos indicam que os suplícios eram duradouros. Prolongavam-se por horas, eram praticados por diversas pessoas e se repetiam por dias", afirma a juíza Kenarik Boujikain Felippe, da Associação Juízes para a Democracia, em São Paulo.

 O pau comeu solto até 1974, quando o presidente Ernesto Geisel tomou medidas para diminuir a tortura, afastando vários militares da "linha dura" do Exército. Durante o governo militar, mais de 280 pessoas foram mortas - muitas sob tortura.

 Mais de cem desapareceram, segundo números reconhecidos oficialmente. Mas ninguém acusado de torturar presos políticos durante a ditadura militar chegou a ser punido. Em 1979, o Congresso aprovou a Lei da Anistia, que determinou que todos os envolvidos em crimes políticos - incluindo os torturadores - fossem perdoados pela Justiça.

ESPÉCIES DE TORTURA:
- "Cadeira do dragão"
- Nessa espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.

"Pau de Arara"
- É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia nos tempos da escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado a cerca de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros

"Choques elétricos"
- As máquinas usadas nessa tortura eram chamadas de "pimentinha" ou "Maricota". Elas geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões - muitas vezes, seu efeito fazia o preso morder violentamente a própria língua

"Espancamentos"

Vários tipos de agressões físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente

"Soro da verdade"

O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa poderia falar coisas que normalmente não contaria - daí o nome "soro da verdade" e seu uso na busca de informações dos presos. Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar

"Afogamentos"

Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento

"Geladeira"

Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração super frio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida.

Que barbaridade! Isto é loucura pura.... E você é é capaz de chamar um animal destes de homem? Uma coisa monstruosa dessa é pior que o próprio demônio e me provoca uma insegurança total. E não tenho medo de afirmar tudo isto. É uma coisa hedionda e você pode ler e escutar em qualquer telejornal.

A polícia, corrupta já não toma conta  da situação e infiltra mais armas e coisas ruins, para lutar contra nós, mulheres, indefesas e frágeis. Todas as noites peço a Deus por elas e por mim também, pois ninguém sabe o dia de amanhã.

Continuarei minha luta, nem que seja uma guerra só minha; quem sabe Deus se apiede de mim. Esta causa que eu peguei é difícil pois, praticamente, todas às mulheres têm medo de se expor (não sei se pelos seus companheiros). Só sei que assim não pode continuar porque toda mulher se assemelha à Virgem Santa. Muitas vezes dá vontade de falar, mas têm medo, Outras vezes, fico pensando em soluções. Quantas mulheres são assassinadas no mundo por dia?
 
 
JUSSARA SARTORI
Escrittricce/Poetess & Freelance

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